Onde ocorre
O bullying tem sido um problema na escola, mas geralmente era confinado apenas ao pátio da escola ou ao corredor.
A tecnologia torna o bullying ainda mais fácil do que era antes com as Redes Sociais, e-mail, e um público ilimitado online.
Houve um tempo em que todo o bullying acontecia cara a cara, mas agora com a internet, as crianças podem intimidar umas às outras através da Internet, mesmo anonimamente.
Os valentões tradicionais sempre tinham que deixar suas vítimas vê-los e só podiam ganhar o apoio de amigos que estavam por perto.
Como ocorre
Os agressores cibernéticos podem humilhar, ameaçar e menosprezar suas vítimas sem que sua identidade seja conhecida, ou podem ter uma audiência de milhares.
Os agressores cibernéticos estão se tornando cada vez mais comuns à medida que as crianças usam a Internet e as Redes Sociais cada vez mais em suas vidas diárias.
Os agressores cibernéticos podem dizer coisas que não podem na frente de outras pessoas em salas de bate-papo, mensagens instantâneas e sites.
Isso permite que as crianças sejam muito mais malvadas do que tradicionalmente seriam. Coisas que eles não podiam dizer na frente de adultos e até de outras crianças agora são facilmente ditas online.
Alcance
O cyberbullying é potencialmente uma ameaça ainda maior do que o bullying tradicional, porque o potencial de declarações prejudiciais é ainda maior.
Os valentões tradicionais só conseguiam atacar um público de outras crianças ao seu redor, com a internet centenas de crianças podem se unir e mirar uma única criança.
O bullying cibernético também é mais fácil de fazer do que o bullying tradicional. Bastam alguns cliques, algumas palavras ou uma foto para poder pode humilhar seu alvo.
As crianças são menos inibidas quando estão online e não é tão difícil fazer bullying quando estão na Internet.
Facilidade
Os agressores tradicionais tinham que ter a coragem de agredir fisicamente outra criança ou pelo menos usar comentários na cara deles. Os agressores cibernéticos precisam usar muito menos esforço e podem ser mais impulsivos.
Os valentões tradicionais só podiam agir contra suas vítimas quando as viam.
Isso confinou o bullying à escola e aos lugares em que as crianças interagiam cara a cara.
Os agressores cibernéticos podem intimidar os outros a qualquer momento, pois os telefones celulares e os computadores estão em casa e na escola.
Os agressores tradicionais não podem machucar os outros em casa, mas com os agressores cibernéticos, o lar geralmente é onde o bullying ocorre através da Internet.
Isso não deixa um lugar seguro para os alvos do bullying, já que a Internet é essencial hoje em dia para concluir os trabalhos escolares e se comunicar com os amigos.
Mesmo que e-mails e mensagens sejam fáceis de parar, os agressores cibernéticos não são tão fáceis de parar quanto os agressores tradicionais.
Comentários depreciativos e ofensivos postados on-line e compartilhados entre pessoas são impossíveis de parar e podem atingir um número ilimitado de pessoas.
Uma vez que um comentário é postado online, ele pode atingir um número ilimitado de pessoas e as ramificações podem ser enormes.
Parar um agressor tradicional é relativamente fácil com as medidas preventivas corretas, mas a natureza anônima da internet torna isso impossível.
Impacto
Existem muitas diferenças entre os agressores cibernéticos e os agressores tradicionais, mas ambos os tipos são problemas sérios.
O bullying afeta negativamente tanto o agressor quanto a vítima e, se não for interrompido, pode causar sérios danos a curto, médio e longo prazo.
O que fazer
Segundo a InternetSafety101.org, apenas 7% dos pais se preocupam com o cyber bullying, apesar de 33% dos adolescentes já terem sido vítimas desse tipo de agressão.
Como pais, é imprescindível saber tudo o que seus filhos fazem na Internet e nos smartphones. Existe uma ideia incorreta de que os meninos são sempre os agressores, e as meninas, prováveis vítimas.
No entanto, as meninas têm a mesma probabilidade que os meninos de serem vítimas e agressoras. Embora os meninos sejam mais propensos a fazer ameaças, as meninas se concentram no abuso emocional, para humilhar a autoestima da vítima, algo que pode ser ainda mais devastador.
Faça uma cópia de tudo
Se o seu filho for vítima de bullying virtual, salve todas as postagens e mensagens relacionadas. Faça capturas de tela, tire fotos com o smartphone, etc., e registre a data e a hora.
Fique de olho nos sinais
Converse sempre com seus filhos, tenha uma relação de confiança e faça-os entender que podem contar com você sempre que precisarem.
Esteja atento aos comportamentos em casa, se está mais agressivo, ou triste com frequência. Busque informações na escola, e se tiver contato com algum amigo de seus filho, pergunte se sabe de algo que esteja acontecendo.
Não revide
Conforme destacado pela Nobullying.com, algumas vítimas se voltam contra os agressores e acabam se tornando agressoras também.
Embora possa parecer que isso vai resolver o problema, o que geralmente acontece é um “vai-e-vem entre vítima e agressor, que tende a dar continuidade ao comportamento”. Ensine seu filho a respeitar os sentimentos e a privacidade on-line dos outros.
Diga a seu filho que você entende o impulso de querer revidar, mas que, a longo prazo, o melhor a fazer é não se envolver.
Responsabilize os agressores
Os pais devem responsabilizar os agressores, alertando tanto a diretoria da escola quanto os pais do autor. Os agressores precisam entender suas ações geram consequências, e que todos têm o direito de viver sem medo