Obesidade infantil afeta 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos no Brasil.
Hábitos saudáveis têm mais chances de acompanhar a população durante a vida se começarem logo na infância. Por isso, é preciso chamar atenção para a qualidade de vida e rotina alimentar balanceada. A estimativa é que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade.
A obesidade entre crianças e adolescentes é resultado de uma série complexa de fatores genéticos, individuais/comportamentais e ambientais que atuam em múltiplos contextos: familiar, comunitário, escolar, social e político.
Por ser multifatorial, trata-se de uma condição complexa de ser compreendida e desafiadora para intervenção, pois exige ações integradas em diversos setores.
A pandemia da Covid-19 também agravou a situação e teve impacto importante na alimentação das crianças e adolescentes, além do aumento do sedentarismo.
A interrupção significativa na rotina das crianças pode gerar impacto negativo na saúde mental e bem-estar, o que pode provocar um índice ainda maior de jovens com excesso de peso.
Pais, famílias, cuidadores e educadores também desempenham um papel fundamental no incentivo a comportamentos saudáveis.
O estilo de vida da família influencia diretamente no da criança e consequente no risco de desenvolvimento de excesso de peso
1) Como prevenir a Obesidade Infantil?
Com base em evidências científicas globais e, tendo como referência o Policy brief – Obesidade Infantil estratégias para prevenção e cuidado (em nível local), as estratégias mais efetivas para deter o avanço da obesidade infantil e preveni-la são:
A prevenção é a melhor forma de enfrentar o excesso de peso. Isso pode ser feito do ponto de vista individual por meio do cuidado integrado à saúde da mulher (“família”) e da criança por meio do atendimento de saúde no pré-natal e nas consultas de puericultura.
Os estudos mostram claramente que a saúde e boa condição nutricional materna na gestação, a prática do aleitamento materno (exclusivo por seis meses e com outros alimentos por dois anos ou mais), consumo variado de alimentos in natura e minimamente processados, não exposição exagerada a telas, com estímulo a brincadeiras, atividades ao ar livre e em companhia dos familiares, são comprovadamente fatores que protegem a criança do excesso de peso.